Plástico bolha como papel de parede



Se o plástico-bolha não tivesse sido inventado, provavelmente a produção mundial seria muito maior. Além de ser uma das melhores embalagens para produtos frágeis, era com certeza o que mais entretinha as pessoas antes da internet. Estourar as bolinhas de ar com os dedos é muito legal.
A brincadeira é tão viciante que já estão inventando sistemas eletrônicos que simulam a experiência. Por sorte nossa, não usa mais esse “tecido” para cobrir as paredes, porque desse modo todo mundo pararia de trabalhar e ficaria estourando as paredes.
Mas, e antigamente?


O uso original:


A primeira coisa a ser dita é que a necessidade não é sempre a mãe das invenções – algumas vezes os criadores realizam algo apenas por parecer legal, sem a mínima ideia do que fazer com isso. Foi o que aconteceu com o plástico-bolha – uma dupla o inventou, e depois se perguntou: “Ok, e agora?”.
Foi então que os inventores Alfred W. Fielding e Mark Chavannes decidiram que sua incrível invenção poderia ser vendida como “papel-de-parede bolha”, e fizeram o marketing necessário para que virasse uma moda na decoração de interiores. O mundo olhou para isso e deu risada, sem considerar a hipótese de compra (o que é estranho, já que o meu sonho e o de muita gente é ter um quarto assim).
Sem desistir, a dupla tentou um novo mercado: plástico-bolha para estufas. Novamente o fracasso. E aí o negócio teria terminado, se não fosse pela IBM.
A gigante dos computadores tinha acabado de lançar o modelo 1401, e precisava de uma forma de manter o caro equipamento a salvo durante os transportes. Fielding e Cavannes perceberam que tinham uma quantidade enorme de pequenos airbags, e como não tinham nada a perder, convenceram a IBM a utilizar o produto. As bolhas encontraram seu lugar no mercado e foi um sucesso instantâneo, por isso hoje em dia o plástico bolha é usado também para proteger vídeo-games, celulares...